O TENDÊNCIA MUNICIPAL entrevista a ARTISTA PLÁSTICA taquaritinguense Marjorie Salvagni. Técnica em Estilismo e Coordenação de Produção de Moda pelo SENAC de Ribeirão Preto; professora de artes no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) e na Fundação CASA. Como artista, conquistou espaço em exposições em Taquaritinga, Ribeirão, Rio de Janeiro, São Paulo, e também no exterior – teve obras expostas no “Salon D’Outomne, Salon des Artistes Independants” em Paris, França (2008); no “Ward-Nasse Gallery, Brasilian Artmosfere” em Nova York, EUA (2010); e na “Colorida Art Gallery” em Lisboa, Portugal (2010). | ||
Suas criações se caracterizam pelas formas e cores, unidas em um estilo contemporâneo, vanguardista, inovador. Empreendedora, fundou o “Ateliê Pura Arte” em 2003 e organizou diversas edições do “Projeto Música & Arte”, além do “Projeto Despertar para a Arte”, voltado aos alunos das escolas públicas, com apoio da Diretoria Regional de Ensino, da secretaria Municipal da Educação e do Colégio Objetivo. Marjorie é mais um exemplo a honrar a tradição taquaritinguense de gerar grandes talentos. Reside, hoje, em Paris, vai estudar Arteterapia. Direto da Cidade Luz, concedeu-nos esta excelente entrevista. O tema: a arte! |
Tendência Municipal: Como você define seu trabalho artístico?
Marjorie Salvagni: Agradeço ao Tendência Municipal pela oportunidade da entrevista e poder falar um pouco do meu trabalho. Defino meu trabalho artístico como “autônomo”, a ação é movida pelo sentimento, é espelho daquilo que ouço, sinto e visualizo, das energias que me envolvem no contato com as pessoas e com o mundo que me rodeia, contendo forte simbolismo.
TM: Fale-nos de suas exposições na Europa e EUA.
Marjorie: Em Paris, participei do “Salon des Artistes Indenpendants”; em Nova York, de uma coletiva na “Gallery Ward-Nasse”. Ambas experiências fantásticas! Estar em contato com outros artistas, outras linguagens, e estar diante do mercado internacional, me acrescentou uma nova visão do “mundo da arte” lá fora. Em Lisboa, realizei uma mostra individual – “Vibrações” – onde tive a oportunidade de mostrar meu trabalho de uma forma concisa, mas abrangente. Arrisquei e usei um suporte diferente (redondo), traços ousados, geométricos, e também traços em movimentos, cores fortes e imprevistas. O resultado foi muito bom, o galerista e curador José Roberto Moreira descreveu como “um trabalho moderno, contemporâneo e inovador”.
TM: Para onde caminha a arte contemporânea?
Marjorie: As manifestações artísticas contemporâneas, apesar de distintas, partilham um espírito comum, que é a tentativa de dirigir a arte às coisas do mundo, como, por exemplo, natureza, realidade urbana, a tecnologia que não para te avançar. Os artistas contemporâneos utilizam técnicas de expressões inovadoras e radicalmente diferentes do que tradicionalmente era feito, assumindo um caráter quase exclusivamente experimental, vivencial. Creio que a arte contemporânea caminha para o crescimento, no cenário nacional e internacional, seja em galerias, leilões ou feiras. O interesse dos colecionadores estrangeiros pela arte brasileira vem aumentando muito, resultado da qualidade dos trabalhos e do esforço de instituições e galerias para divulgar nossos artistas fora do Brasil.
TM: Você ministrou aulas de arte, organizou mostras e projetos voltados para alunos da escola pública e seu trabalho se voltou, naturalmente, para a área social. Quais são seus planos para o futuro?
Marjorie: Lembro como se fosse hoje o dia em que abri meu ateliê, em 2003, e recebi, na inauguração, como primeiro convidado, um dos grandes pintores de nossa cidade: Alexandre Fausto! Quase nem acreditei! Ele me cumprimentou e disse uma frase que nunca esquecerei: “Você é uma giganta apenas pelo fato de ter a coragem de montar um ateliê de artes em uma cidade pequena como Taquaritinga”. Realmente, não foi uma coisa, assim, tão fácil... Enquanto estive em Taquaritinga, procurei me dedicar a abrir espaços, não somente para mim, mas para outros artistas, realizando mostras e projetos sociais e incentivando as crianças das escolas públicas a terem contato interativo com a arte no projeto “Despertar para a Arte”. Tive experiências incontáveis com os alunos do CRAS e com os internos da Fundação CASA, foi uma vivência muito intensa e gratificante – consegui ver e entender do que a ARTE é capaz de fazer como meio de inclusão social! Meu novo projeto é estudar Arteterapia, por dois anos, na “ARTEC – Academie de Recherches e Techniques Corporelles”, aqui em Paris, para onde me transferi desde o começo do ano – e, claro, avançar minha carreira artística expondo na França e em outros países da Europa.
Marjorie querida ! Tudo isso e, ainda, esse jeitinho de menina ? Parabéns e saudade imensa!
ResponderExcluirSorte ! Sucesso ! Vc merece !!! Beijos !
Marjorie, querida, muito orgulho de ti, minha amiga. Muito sucesso e um grande beijo!
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