Entrevistamos o médico Fúlvio Zuppani. Taquaritinguense, 60 anos, estreou nas disputas político-eleitorais em 2010 como candidato a deputado estadual pelo pequeno PSL (Partido Social Liberal), quando recebeu, em Taquaritinga, a expressiva votação de mais de 5 mil votos. Em 2011, transferiu-se ao Partido dos Trabalhadores, a convite do diretório municipal, para se tornar pré- candidato a prefeito. Reconhecido como excelente profissional e dono de grande carisma pessoal, está demonstrando uma notável capacidade de articulação política. Dr. Fúlvio falou de medicina, política, saúde pública e de seus projetos futuros. Com a sinceridade de sempre! |
Tendência Municipal: Você é sobrinho de uma dos maiores médicos da história de Taquaritinga, o Dr. Paulo Zuppani. Quando decidiu seguir a carreira médica?
Dr. Fúlvio Zuppani: Minha família trabalha na área médica desde década de 1920. Meu avô era médico, minha avó biomédica – e foi gestora da Santa Casa. Naquela época, cursar medicina ou um curso de nível superior era muito importante. Quando tínhamos a oportunidade de fazer um curso superior, era nossa obrigação aproveitar ao máximo. Estudei no Domingues da Silva e no 9 de Julho – e a educação era de qualidade.
TM: O que motivou a ingressar na política e que lições tirou de sua candidatura a deputado estadual em 2010?
Dr. Fúlvio: Minha candidatura a deputado estadual foi para mostrar que o candidato daqui, de Taquaritinga, tem que ter compromisso com cada voto que recebeu. Ao assumir a cadeira de deputado, vereador, prefeito, deve ter o compromisso do voto que recebeu do “Seu João” que mora na esquina! Taquaritinga é uma cidade que a gente pode considerar uma família. Eu queria provar para o povo que ele, o povo, tem força, que pode ter um retorno do voto que depositou na urna.
TM: Por que se transferiu ao PT e qual sua opinião sobre o governo Dilma?
Dr. Fúlvio: Os projetos do Partido dos Trabalhadores foram ao encontro de meus anseios. Eu já admirava o Governo Lula pela atuação na área social e pela sua política externa. A presidenta Dilma tem continuado – e valorizou muito os princípios nacionalistas. Dilma tem feito uma gestão eficiente, estou admirado com sua capacidade. Aceitei o convite do partido por achar que, através do PT, poderíamos colocar em prática nosso projeto. Com o PT é mais fácil, pois não tem vínculo com nenhum grupo que governou ou governa a cidade. O PT tem os mesmos princípios que eu... Estou otimista!
TM: Como analisa a situação da saúde pública em Taquaritinga?
Dr. Fúlvio: Fui Diretor da Saúde na gestão do Dr. Adail [Nunes da Silva]. Com o Milton Nadir, atuei bastante nessa área. Mas, hoje, infelizmente, mesmo com bons profissionais, a saúde deixa a desejar. Por outro lado, existem programas, como o PSF (Programa da Saúde da Família, do Governo Federal), que são Postos de Saúde bem equipados, que não estão sendo utilizados. Taquaritinga é uma das poucas cidades que não implantou este projeto. Não quero julgar as pessoas que estão à frente da saúde, mas acho que se pode fazer muito mais.
TM: Caso se confirme sua candidatura a prefeito, quais seus principais projetos para a cidade? Pretende firmar coligações?
Dr. Fúlvio: Coligação é fundamental porque, sozinho, você não consegue administrar, tomar conta de tudo, é impossível abranger todos os aspectos de uma administração. É fundamental para buscarmos pontos em comum para o bem da cidade. Caso confirme a possibilidade de disputar as eleições, terei como objetivo organizar a sociedade, dar oportunidades aos que necessitam, estimular a educação e o esporte, integrando os dois. Capacitar e valorizar o funcionalismo público. Acho que precisamos focar no ensino profissionalizante, para atender às indústrias que virão. O poder público também tem que dar apoio às famílias, ajudar a estruturar... A família é a base, é o começo de tudo. Temos que ter esse compromisso de ajudar as famílias desta cidade. A prevenção do uso de drogas e o tratamento dos dependes químicos é de suma importância, principalmente para mim, que fui presidente do Horto de Deus, ao lado do eterno companheiro Léo Oliveira. Teremos que rever todos os aspectos dessa sociedade, devemos estimular os cidadãos a andar de cabeça erguida. Chega de ficarmos nesse “sim, senhor”, “não, senhor”! Acreditando numa grande mudança, agradeço a oportunidade desta entrevista. Abraços.