segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Entrevista: Malu Monteiro

  Conversamos com a RADIALISTA Maria Lúcia da Silva, a Malu Monteiro. Alagoana de Arapiraca, taquaritinguense de fato e de direito (recebeu o Título de Cidadã em 2007), formada em Comunicação Social com habitação em Jornalismo. Corintiana roxa, é dona da mais marcante voz feminina da radiodifusão de Taquaritinga, repórter e apresentadora da CANAL UM FM. Sua aparência física – baixinha, esbelta, pele branquinha, ruiva – não “combina” com o vozeirão poderoso, que remete, por exemplo, às típicas cantoras de soul do sul dos Estados Unidos, geralmente negras e corpulentas!
De uma beleza singular, fica ainda mais bela pela simpatia, elegância e, principalmente, por transbordar uma alegria contagiante. Acostumada a perguntar, excelente entrevistadora que é, se mostrou à vontade ao se ver “obrigada” a responder, como entrevistada do TENDÊNCIA MUNICIPAL. Foi num clima de cordialidade que transcorreu esse descontraído bate-papo.


Tendência Municipal: Como começou sua história no rádio?

Malu Monteiro: : A minha história no rádio começou com o Cacá Monteiro, meu esposo, falecido há oito anos. Eu conheci o Cacá quando já era formada em Comunicação Social, na minha cidade, Arapiraca. Ele, a exemplo de outras pessoas da faculdade, elogiou minha voz, a achou muito bonita, e perguntou por que eu não trabalhava em rádio. Acontece que eu sempre “detonava” o rádio, achava o meio de comunicação mais “inferior”: numa escala de 0 a 10, eu dava zero pro rádio! E a todas as pessoas que elogiavam minha voz e me sugeriam trabalhar com radiodifusão, eu dizia que valorizava mais jornal, assessoria, televisão... Eu menosprezava o rádio! O Cacá insistiu bastante e eu levei em consideração a experiência que ele tinha no ramo. Bom, eu sou virginiana... E virginiana é muita desconfiada, “pé-atrás”, para confiar demora um pouco... Depois disso, acabei admitindo que tinha muito a ver com o rádio!

TM: Qual o maior desafio que a mulher enfrenta no mercado de trabalho em geral e na área da telecomunicação em particular?

Malu: Em minha opinião, é a tripla jornada de trabalho. É cansativo demais, ainda mais se você não tem um companheiro que ajuda nas tarefas de casa. Já avançamos muito nesse processo, mas, ainda, a maior parte dos trabalhos de casa fica para nós, mulheres. E não é diferente na minha área, a comunicação: como em todas as profissões, a tripla jornada é o maior problema, sobretudo para as mulheres que têm filhos, o que não é o meu caso, pois sou muito “medrosa” para ser mãe... (risos)

TM: Seu trabalho na Canal Um FM é reconhecido como o mais importante já alcançado por uma mulher na história de Taquaritinga. Como descreve sua relação com os tele-ouvintes?

Malu: Eu gosto muito do “ser humano”, sou apaixonada pelo ser humano, somos muitos “ricos”, mesmo aquele assassino em série, o estuprador, aquela pessoa que está nas cadeias e penitenciárias da vida, um Ahmadinejad da vida (risos), é um “serzinho” único, cada um de nós é uma “riqueza”. Então, tenho uma relação muito boa não só com meus ouvintes como também com os entrevistados... Prezo muito meus ouvintes, os amo como seres humanos, assim como amo os que não são meus ouvintes!

TM: A imprensa é considerada o “quarto poder”, tamanha a capacidade de influenciar nos destinos da sociedade. Qual deve ser o papel dos meios de comunicação no desenvolvimento social?

Malu: A imprensa tem um papel fundamental! Quanto mais o ser humano tiver acesso à escola, aos meios de comunicação, às maneiras diferenciadas de aprender, de “enriquecer”, melhor! Eu, pelo menos, que sou jornalista, profissional da comunicação e membro do “quarto poder”, levo isso muito a sério. Quanto mais informação, quanto mais conhecimento se levar à sociedade e ao público de um modo geral, mais válido é o meu trabalho e mais abençoado pelo Deus que eu tanto acredito!

TM: O profissional da imprensa, por estar em contato com a população, pode adquirir considerável potencial político – e muitos tiveram sucesso na vida pública. Você tem planos de, algum dia, se candidatar a algum cargo eletivo?

Malu: Olha, desde que eu e o Cacá, meu esposo, viemos trabalhar em Taquaritinga, primeiro na Rádio Mensagem FM, tínhamos uma audiência de quase 100% no Jornal da Mensagem, com Jair Motuca, Clóvis Hipólito. E continuamos com muito sucesso na Canal Um. É verdade que nosso trabalho é um trabalho público, que dá projeção ao profissional. Meu marido, desde aquela época, me dizia que eu teria grande chance de me eleger em Taquaritinga, o que muitos concordavam, falavam que eu tinha um grande potencial, que tinha (e tenho) muita aproximação com as mulheres, enfim. Eu reconheço que posso ter esse potencial, pelo que vejo e escuto. Bom, respondendo, objetivamente, à pergunta se tenho planos de me candidatar a um cargo público: Não! Mas agradeço imensamente a confiança que o público deposita no meu trabalho, na minha forma de ser, só que nunca pensei em ser vereadora, prefeita ou vice-prefeita de nenhuma cidade. São cargos de muita responsabilidade, que admiro muito, mas nunca pensei não! Obrigada pela entrevista!

3 comentários:

  1. Malu, vc disse: ...nunca pensei em ser vereadora, prefeita ou vice-prefeita de nenhuma cidade. São cargos de muita responsabilidade...Mais um motivo de vc entrar na vida pública, pq vejo em vc perfil de uma pessoa não decidida e sim super decidida e de altíssima responsabilidade no que faz... Então...

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  2. Malú, já tomou água hoje? já se alimentou hoje... Então, o resto... rsrsrs, bjs. A mais nova vereadora de Taquaritinga. Abçs

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  3. Meu deus a que ponto chegamos....

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