sexta-feira, 27 de maio de 2011

Entrevista: Dr. Luiz Carlos Gabriel




 

Apresentamos a entrevista com Luiz Carlos Pires Gabriel, dos mais notórios médicos de nossa cidade. Formado pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, se dedica à “arte da cura” há quase meio século. Filho do ex-presidente da Câmara Municipal Anur Gabriel, foi candidato a vice-prefeito pelo Partido dos Trabalhadores em 1988, na chapa encabeçada por Adauto Scardoelli (quando o PT obteve a melhor votação até hoje). Na eleição seguinte, foi eleito o vereador mais votado. Quatro anos depois, ajudou a viabilizar a coligação PMDB/PT, sendo candidato a vice de Milton Nadir.

Nas eleições de 2004, desaprovou a decisão do PT de aliar-se ao PSDB e deixou o partido. Admirador de Lula, se empenhou na campanha de Dilma Rousseff – desde então, voltou a “flertar” com o PT, mas sem se refiliar. Hoje, divide a paixão pela Medicina com o amor ao cultivo das mais excêntricas árvores frutíferas. Tornou-se especialista no assunto, reconhecido em todo País, suas propriedades rurais em Jurupema são consideradas modelos devido à diversidade e à tecnologia empregada. Aos 73 anos, mostra uma vivacidade juvenil quando o assunto é política, saúde pública e, principalmente, agricultura moderna.


Tendência Municipal: Qual sua visão da política atual, nos níveis federal, estadual e municipal?

Luiz Carlos Gabriel: Primeiro, quero dizer que essas são minhas reflexões pessoais. Não quero ser, de modo algum, o “dono da verdade”. A política, no nível federal, vai bem para o governo e ruim para a oposição, que está distante do povo. Comparativamente, o governo do PT, em nível federal, é o melhor que o Brasil já teve – e o povo afirma isso, o mundo afirma isso, sente-se no dia-a-dia, está mais que claro, tanto que só 4% da população não concordam. No nível estadual, a política continua como sempre foi, isto é, administra-se o Estado para os “amigos”, os verdadeiros “donos” do dinheiro público – é informar-se sobre a educação, a saúde, a segurança pública etc. e constatar uma estagnação ou mesmo um retrocesso. No nível local, digo que a atual administração pode ser comparada a um “rojão”: subiu muito – e rápido – enquanto governou de modo diferente dos antecessores; hoje, cai vertiginosamente porque os atuais gestores do município estão assemelhados aos do passado.

TM: O senhor foi um dos mais proeminentes políticos do PT de Taquaritinga. Por que deixou o partido? Pretende retornar?

Luiz Carlos: Minha visão é que é possível fazer concessões, como as que Deus fez com os pecadores, como a história do filho pródigo e a história dos talentos... Mas não se vê trato de Deus com o diabo! Não sou Deus, óbvio, e nunca chegarei nem perto, mas não concordo que se faça trato com quem considero o “diabo” da política brasileira, paulista e taquaritinguense, por isso saí do partido. A filosofia petista, do nascedouro, e meu coração, batem em sintonia!

TM: Qual sua avaliação da atual administração municipal, especialmente em relação à saúde pública?

Luiz Carlos: Faço a seguinte analogia: você imaginou o Palmeiras sem o Felipão? O “elenco” médico de Taquaritinga é bom, já a “comissão técnica”... E o departamento financeiro, então? Parece o meu “Verdão”, sem lenço e sem documento! Há quem diz que “saúde pública é coisa séria, saúde privada é coisa síria” [em referência ao hospital privado Sírio-Libanês, de São Paulo]. Assim não dá certo!

TM: Como a agricultura moderna pode contribuir para a melhoria de vida da população de Taquaritinga?

Luiz Carlos: Já ouvimos “Taquaritinga, capital do tomate”, “Taquaritinga, capital da laranja”, “Taquaritinga, capital da cana”. Espero não constatar a afirmação “Taquaritinga, capital da miséria”. Dizia o grande cronista: toda unanimidade é burra. Assim é a monocultura. Por quê? Porque afunila a pirâmide social, à custa da base, que se expande. Ganham os poucos ricos, que nada investem na cidade; e perdem os muitos pobres e remediados, que não usufruem das riquezas do solo municipal. Nunca partiu do governo do município, do passado e do presente, nenhum estímulo à agricultura moderna, racional e inteligente, que poderia trazer benefício para a mesa do trabalhador, segurança para a vida futura e paz ao coração. Infelizmente, vemos valer a máxima: “ao povo, a maçã de Adão; aos amigos (políticos), os néctares dos deuses...”.

TM: A política faz parte de seus planos para o futuro?

Luiz Carlos: Só retornarei à política local se encontrar o Taquarão cheio de homens honestos e com o pensamento na coletividade.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entrevista: Nivaldo Carleto




 

Nossa entrevista é com Nivaldo Carleto, o Niba. Engenheiro Elétrico, é professor universitário do Ites, da Faculdade Anhanguera de Matão e da Fatec de Taquaritinga, onde também é Coordenador do Curso de Tecnologia em Produção Industrial. Aluno do ensino fundamental do Aníbal do Prado e Silva e do Nove de Julho, e do ensino médio do Colégio Dr. Aimone Salerno (atual Colégio Objetivo), destacou-se, primeiro, no esporte, tendo sido convocado, no final dos anos 1980, para a seleção paulista juvenil de basquete. Deixou as quadras para seguir uma brilhante carreira acadêmica, na qual evoluiu e se transformou num gabaritado intelectual, pós-graduado,


com mestrado no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares/Comissão Nacional de Energia Nuclear/Universidade de São Paulo (IPEN/CNEN/USP) e doutorado na Unesp de Araraquara. É um exemplo aos jovens de Taquaritinga – suas ideias claras e consistentes merecem atenção especial.


Tendência Municipal: Você se graduou por uma faculdade particular (Universidade de Marília – Unimar) e seguiu a pós-graduação (especialização, mestrado e doutorado) nas melhores universidades do País (UFSCar, USP e Unesp). Nos fale dessa trajetória de sucesso.

Nivaldo Carleto: Com o término da graduação, em 1996, em Engenharia Elétrica na Unimar, iniciei (mas não finalizei) o curso de Mestrado Stricto Sensu em Engenharia Elétrica da USP, na Área de Telecomunicações. Em 2000, ingresssei no curso de Especialização Lato Sensu em Engenharia de Produção na Unesp de Bauru. No ano seguinte, cursei outra Especialização Lato Sensu, na área de Sistemas de Informações Geográficas, também conhecida como Geoprocessamento, oferecida pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em 2002, ingressei no curso de Mestrado Stricto Sensu no IPEN, localizado na USP da Capital. Nesta época, o Centro Tecnológico da Marinha (também localizado na USP) estava desenvolvendo um equipamento de alta energia (modulador) para operar o sistema de radar do porta-aviões São Paulo (NAe – A12), recém adquirido da França por meio do Governo Federal. Nesta ocasião, a Marinha estava necessitando de um aluno de mestrado com formação em engenharia elétrica e conhecimentos básicos em desenvolvimento de tecnologia. Fui selecionado para auxiliar na execução do projeto e, com isso, a oportunidade e o prazer de auxiliar o Brasil no desenvolvimento de pesquisa na área de radares, criando possibilidades reais de independência tecnológica frente à Europa e os EUA. Com o fim do mestrado, ingressei no doutorado na área de Educação (linha de pesquisa em Política, Gestão e Tecnologia Educacional) na Unesp de Araraquara, finalizando em 2009.

TD: Sua tese de mestrado versa sobre tecnologia. Como você analisa a situação da Ciência e Tecnologia no Brasil de hoje?

Niba: O MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) vem desenvolvendo um trabalho interessante quanto ao investimento e capacitação de pessoal. Por exemplo, tanto a Marinha quanto a Aeronáutica vêm abrindo concursos, tendo em vista a importância e a necessitade de aumentar e qualificar seus efetivos. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgãos de fomento à pesquisa, também estão fazendo a sua parte, incentivados, sobretudo, pelo governo federal, o qual tem memorável parcela de comprometimento. Portanto, o Brasil não é mais aquele país totalmente dependente. É, sim, em tese, um produtor de ciência, pesquisa e de tecnologia, sendo muito respeitado tanto na Europa como nos EUA.

TM: Como doutor em Educação, que análise você faz do setor público, nos níveis infantil, fundamental, médio, técnico e superior?

Niba: O setor público não está acompanhando a evolução de nossas crianças e jovens. Mesmo investindo na capacitação de docentes para todos os níveis educacionais, o sistema de gestão ainda tem falhas, como, por exemplo, a forma como é conduzido o plano de carreira docente. No caso do ensino superior, os governantes devem estabelecer critérios para estimular os docentes em regime de 40 horas, reduzindo, com isso, a quantidade de horistas.

TM: Qual sua opinião sobre o sistema de cotas (raciais e socioeconômicas) para as universidades públicas?

Niba: O sistema de cotas é válido, sem dúvida nenhuma. Entretanto, a forma como é conduzido e distribuído, assim como a gestão deste sistema, deveria seguir um critério de modo que esses alunos chegassem mais preparados na universidade, uma vez que o índece de evasão nas universidades/faculdades é relativamente alto, quando comparado à minha época (1987). Entrar na Unesp, na Unicamp, na USP ou em qualquer universidade Federal não era tarefa fácil naquele tempo!

TM: De que modo uma administração municipal pode contribuir para o avanço nas questões de Ciência e Tecnologia e Educação?

Niba: Esta é uma questão muito mais abrangente do que imaginamos. Isto porque a administração municipal, isoladamente, não vai conseguir ao menos ingressar nesse contexto. O que precisamos é estreitar as relações políticas com o governo estadual e, sobretuto, com o governo federal, já que verba existe, o que infelizmente não temos é gestão e projetos inovadores, que podem envolver empresas e universidades. Precisamos, também, de projetos sociais que se preocupem, efetivamente, com a qualidade do ensino e da cultura. Neste sentido, docentes bem remunerados não garante, por muito tempo, um ensino de qualidade, tendo em vista que a motivação financeira logo acaba com o aumento de seus impulsos capitalistas. O que garante, definitivamente, é a certeza do prazer do trabalho ao próximo. Temos que agir localmente, sim, porém, pensar e elaborar estratégias globalmente. A visão sistêmica e holística deve estar sempre em pauta!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entrevista: Caio Forcel




 

O TENDÊNCIA MUNICIPAL entrevista o jovem Caio Alexandre Forcel, estudante secundarista do 2.° ano da Escola Estadual Prof.ª Carmela Morano Previdelli (de manhã) e do Técnico Jurídico da ETEC Dr. Adail Nunes da Silva/Extensão 9 de Julho (à noite). Recém integrado ao Partido dos Trabalhadores (PT), vem se empenhando para organizar o movimento estudantil na cidade e fomentar o debate político entre a juventude. Com 15 anos, morador do Jardim Martinelli, Caio surge como uma boa promessa da política local por aliar uma sólida formação partidária com ideias modernas e factíveis.

Tendência Municipal: Existe movimento estudantil em Taquaritinga?

Caio Forcel: Ainda não. O que existe em Taquaritinga são líderes, que desenvolvem seus trabalhos isoladamente. Precisamos unir esse pessoal e trabalhar pelo movimento estudantil e pela fundação da União Municipal dos Estudantes Secundaristas.

TM: Do ponto de vista dos estudantes, como está a educação no município?

Caio: As administrações municipal e estadual deixam muito a desejar. No município, um dos grandes problemas é a falta de incentivo aos profissionais da educação. É preciso lutar, por exemplo, pelo plano de carreira do magistério, adaptar o currículo às novas tecnologias e levá-las para dentro da sala de aula, além da abertura de mais vagas. Outro problema, gravíssimo, que acontece em Taquaritinga – e em todo o Estado – é a falta de estrutura das escolas públicas. E quando falo em estrutura, me refiro às estruturas pedagógicas e físicas. É inadmissível que uma sala de aula do Ensino Médio tenha 45 alunos ou que estudantes sejam obrigados a sair de sua comunidade, de seu bairro, porque não tem vaga em uma escola próxima. É terrível estudar em um colégio que não possui laboratório de química, física e de arte. Temos muito que fazer.

TM: Por que você se aproximou do PT e quais são seus objetivos no partido?

Caio: O PT é o partido que mais se identifica com os movimentos sociais. Acho que é por aí que faremos uma discussão mais ampla sobre nossos problemas. É através da política que poderei, de alguma forma, colaborar para a melhoria de nossas condições sociais, culturais, educacionais... Penso que no PT terei espaço para agir, não gosto de ficar parado, sou jovem, saio à luta: não espero acontecer e sim quero fazer acontecer! Estou cansado de ficar esperando alguém fazer algo pela população, chegou a minha vez de ajudar o PT a contribuir com o povo. Foi por isso que decidi ser militante do partido.

TM: As novas tecnologias da internet e as redes sociais, como Facebook e Orkut, vêm ganhando cada vez mais espaço não só entre os jovens, mas também na população em geral. O diretório municipal do PT pretende utilizá-las nas eleições de 2012?

Caio: Claro. A internet é um ótimo meio de comunicação com a juventude e com a população. Infelizmente, em Taquaritinga, a imprensa não é totalmente livre, poucas vezes está a serviço do povo e dos movimentos sociais, então, devemos, cada vez mais, utilizar os meios virtuais. O PT se transforma junto com as pessoas e não podia ser diferente em relação às redes sociais. O partido já possui sua conta no Facebook, Orkut e Twitter e está entrando em campo para mostrar à população os equívocos das administrações passadas (e da atual) e sugerir um novo caminho a ser seguido.

TM: Como você avalia a administração Paulinho Delgado em relação à política para a juventude?

Caio: Acho que a atual gestão do DEM/PSDB/PPS/PSDC de Taquaritinga não fez seu dever de casa. É assim que eu vejo. O governo do presidente Lula, com a ajuda da então ministra Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, criou excelentes programas para a juventude. O “Praças de Juventude”, do ministério dos Esportes (sob o comando do PCdoB), as obras do PAC que contemplaram a cidade de Matão, governada pelo grande companheiro Adauto Scardoelli, e do PROUNI, que ajuda milhares de estudantes da rede pública a fazer um curso superior, são bons exemplos. Digo que é “fácil” construir uma pista de skate, difícil é colocar um treinador, um professor de Educação Física, no local. Não temos na cidade sequer um departamento que cuide da juventude, quanto mais uma política para o setor, por isso nos sentimos abandonados. Temos que fazer diferente. Esse é o motivo de eu estar na política e no PT: precisamos nos mexer e não podemos mais ficar parados.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Entrevista: João Milton Aiéllo




 


Apresentamos a entrevista com João Milton Horta de Lima Aiéllo, renomado cirurgião-dentista de nossa cidade, casado com a diretora de escola Ana Lúcia Santaella e pai da Letícia. Nos anos 1980, João Milton esteve próximo de se tornar atleta profissional, mostrou seu prodigioso futebol nas categorias de base do Flamengo, no Rio de Janeiro. Abandonou os estádios para se dedicar à odontologia, sua outra paixão. Nunca se afastou dos gramados, é considerado um “craque” nas competições amadoras.


Candidato a vereador em 2008 pelo PSDB da base aliada do prefeito Paulo Delgado, obteve expressiva votação, que o lançou, definitivamente, na política local. Foi diretor municipal dos Esportes e, depois, saiu do PSDB para ajudar a reorganizar o Partido da República (PR), tornando-se vice-presidente do diretório municipal. Aos 42 anos, está no auge de sua capacidade profissional e intelectual. Discreto, tem bom trânsito em todas as camadas da população e nas mais diversas entidades da sociedade civil, respeitado por políticos de todos os partidos por sua lealdade e sinceridade. Não há quem não veja nele um cidadão de bem.


Tendência Municipal: Você vem de uma família com tradição política, seu avô, João Aiéllo, e seu pai, Hamilton, foram vereadores, e seu irmão, Augusto, é dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Taquaritinga. Por que resolveu se enveredar pelo mundo da política?

João Milton Aiéllo: A princípio, decidi entrar para a política a pedido de meu pai, de meu irmão e de alguns amigos que acreditam que a maneira como encaro a vida com alegria, dedicação ao próximo, podendo ajudar a todos os que me procuram de uma maneira justa, que fique dentro de minhas possibilidades, pudesse ser levada para o meio político, introduzindo um novo estilo, com mais imparcialidade e verdadeira dedicação à população.

TM: Como descreve sua passagem pela diretoria municipal dos Esportes?

João Milton: Na verdade foi uma passagem meio frustrante. Assumi o cargo no início da famosa crise financeira mundial, onde repercutiu também aqui em nossa cidade. Na época, a diretoria municipal de Esportes, que já não tinha um grande apoio, ficou um pouco isolada e sem a ajuda no setor ficou difícil qualquer planejamento que entendíamos que pudesse ser realizado.

TM: No Brasil, o desporto tomou grandes proporções com a vinda dos dois maiores eventos mundiais, a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016). Em Taquaritinga, o assunto também está evidência, uma vez que a cidade sediará os Jogos Regionais. Como aproveitar esse ambiente favorável para melhorar as condições de vida dos jovens de nossa cidade?

João Milton: A vinda dos Jogos Regionais é uma grande – e umas das poucas – oportunidades que aparecem para o desenvolvimento estrutural esportivo de um município, com a arrecadação de verbas federal e estadual para a construção de novos ginásios, de preferência nos bairros mais afastados, além da remodelação das praças esportivas já existentes para que possam ser usufruídas pela população nos próximos anos.

Mas, pelo que vemos até agora, só temos que torcer para não passar vergonha diante de cidades que estarão aqui prestigiando esse evento. Outro tópico seria de tentar encaminhar novamente os jovens para a prática da atividade esportiva, que, tirando o futebol e o futsal, nossa cidade está bem abaixo no número de atletas de outras modalidades em relação às cidades vizinhas.

TM: Conte-nos um pouco de sua experiência num dos mais tradicionais clubes de futebol do mundo, o Flamengo, nos anos 1980.

João Milton: Fui para o Rio de Janeiro pela primeira vez assistir ao primeiro Rock in Rio em 1985 e, numa das peladas de praia, meu primo, que era presidente de uma torcida do Flamengo, me disse que eu ainda iria jogar no clube. No ano seguinte, por intermédio de um olheiro, fui à Gávea e lá fiquei por 2 anos, tempo suficiente para aprender mais sobre a vida. Comecei, então, a sentir as dificuldades que os jovens enfrentam para tentarem um futuro melhor, com algumas alegrias e muitas frustrações. Mas foi uma experiência pessoal que traz ótimas recordações até hoje.

TM: Voltando à política, o seu partido, o PR, faz parte da base de sustentação da presidente Dilma, ao lado de PT, PMDB, PSB, PCdoB, PDT. Em Taquaritinga, qual será o posicionamento do partido nas eleições municiais do ano que vem? Pretende se candidatar a vereador?

João Milton: Eu não gostaria de responder pelo partido, já que o presidente é o Valentin da Luz, e também porque ainda não tivemos nenhuma reunião nesse sentido. Sobre minha posição pessoal, se eu tivesse que dar minha resposta definitiva, hoje, eu não seria candidato a vereador, mas não descarto apoiar alguém que realmente se mostre com verdadeira vontade de defender os interesses de Taquaritinga, que tenha um mínimo de conhecimento das leis municipais e que seja imparcial mediante as pospostas do prefeito