segunda-feira, 5 de março de 2012

Ana Lúcia Santaella Aiéllo

  Nossa entrevistada desta edição é a Diretora da escola Prof.ª Lydia Miziara e ex-Diretora da escola Ricieri Micalli, Ana Lúcia Santaella Aiéllo. Nascida em Taquaritinga, casada com o cirurgião-dentista João Milton Aiéllo, mãe da Letícia. Formada em Pedagogia, com pós-graduação em Psicopedagogia – além do ramo da Educação, dedica-se ao trabalho voluntário junto ao “Espaço Holístico Ponte para a Luz”, onde desenvolve “Apometria”, “Reprogramação Mental” e “Atividade Mediúnica com Saúde”. Com empenho e responsabilidade, divide seu tempo entre a profissão de comandar a direção escolar e a missão de espalhar a paz e a solidariedade.
Abordamos assuntos do mundo terreno e do mundo etéreo. Uma entrevista muito interessante!


Tendência Municipal: Como você analisa a educação pública contemporânea, nos níveis estadual e municipal?

Ana Lúcia Aiéllo: A educação pública, hoje, atinge seu ápice democrático, já que seu acesso é gratuito e obrigatório a partir dos seis anos de idade. Quando analisamos a educação, seja no nível público (estadual e municipal) ou privado, questionamos a qualidade do ensino oferecido em cada um e, como Diretora, entendo que quando há compromisso entre escola e família, o sucesso existe: a presença dos pais (ou responsáveis) na educação dos filhos (ou tutelados) interfere diretamente na qualidade do ensino. E é nesse ponto que surgem as diferenças apontadas pelos índices avaliativos externos (Saresp, Prova Brasil, Provinha Brasil etc.) entre as unidades escolares. Se falarmos em remuneração, Estado e município precisam repensar a valorização do magistério público, sobretudo da Educação Básica.

TM: Um problema que afeta a convivência escolar é o aumento da violência juvenil, o chamado “bullying”. Qual sua análise sobre o tema e o que fazer para minimizá-lo?

Ana Lúcia: O combate ao “bullying” é um desafio mundial. Particularmente nas escolas brasileiras, estudiosos tentam traçar um perfil do problema; as causas dessas violências são múltiplas, determinadas pela soma de fatores, como, por exemplo, o temperamento de cada um, influenciado pelas relações familiares e pelo meio social. Na verdade, esse descontrole social violento é uma questão de solidariedade e, para minimizá-lo no ambiente escolar, é necessário encarar, com seriedade, as agressões entre os jovens. Pais (ou responsáveis), alunos e gestores escolares devem investir em ações que previnam as ocorrências, tais como: criar relacionamentos saudáveis; instituir um ambiente escolar equilibrado; ter um corpo docente estável; formar vínculos entre os estudantes; estabelecer limites; e, em casos extremos, encaminhar o problema para outras instâncias.

TM: Há vida após a morte?

Ana Lúcia: Todo ser humano acredita na eternidade da alma. Na Grécia Antiga, “Hades” simbolizava o deus do mundo inferior e da morte, governando o subterrâneo para onde as almas condenadas eram lançadas. Com a Era Cristã, temos a simbologia do céu e do inferno. Assim, para mim, a continuidade da vida após a morte é explicada à luz da Doutrina Espírita, através das obras escritas por Allan Kardec e também psicografadas pelo nosso querido Chico Xavier. O estudo desses livros (e de tantos outros autores que divulgam o espiritismo) elucidou questões que eu não compreendia, me fez aceitar situações que não estavam sob meu controle e, também, me incentivou a promover mudanças àquelas que poderiam ser modificadas. Acredito que através de sucessivas reencarnações o ser humano pode progredir e evoluir, lapidando sua moral.

TM: Fale-nos sobre as atividades do Espaço Holístico Ponte para a Luz. O que são “Apometria”, “Reprogramação Mental” e “Atividade Mediúnica com Saúde”?

Ana Lúcia: O Espaço Holístico Ponte para a Luz é uma casa que reúne um grupo de pessoas com o propósito de praticar a caridade e estabelecer a paz, não possuindo vínculo religioso específico. Oferece inúmeras terapias alternativas para o equilíbrio do corpo, da mente e do espírito: segunda-feira, Yoga; terça-feira, Meditação; quinta-feira, Apometria; sexta-feira, Reprogramação Mental; Sábado, Reiki e Saúde. Especificamente à sua pergunta, a Apometria é realizada em grupo e reúne técnicas terapêuticas, como radiestesia, radiônica, Reiki, cromoterapia, aromaterapia, musicoterapia, limpando a aura e os corpos sutis. A Reprogramação Mental também utiliza técnicas terapêuticas em grupo, com o objetivo de equilibrar e harmonizar o ser em toda sua dimensão, trabalhando, por exemplo, as doenças psicossomáticas. Já a Saúde, que acontece quinzenalmente, é realizada individualmente, por uma equipe de médicos espirituais, semelhante aos procedimentos de intervenções cirúrgicas (quando necessário) com o objetivo de reorganizar energeticamente o paciente, já que a cura de algo ou de alguma doença não se limita ao corpo físico.

TM: O Espiritismo é uma religião? E como o Espiritismo se relaciona com as religiões em geral?

Ana Lúcia: O Espiritismo não é uma religião, é uma doutrina, pois reúne conceitos filosóficos e religiosos. Há uma discussão sobre o assunto, alguns se definem como “kardecistas” e, outros, “espiritualistas”. Na verdade, a Doutrina Espírita compreende que o ser humano pode evoluir reformulando sua moral, para isso, compreende a igualdade entre os homens e o respeito entre todos os seres. Aquele que pratica os preceitos espíritas, que, na verdade, são as máximas deixadas por Jesus, se relaciona harmonicamente com qualquer religião: “Amai a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo”.

Um comentário: