terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Fábio Girotto

  A entrevista desta edição é com Fábio Roney Girotto. Filho do saudoso Osmar Girotto e da dona Luzia, cresceu por entre as prateleiras repletas de medicamentos da farmácia de seu pai, a Drogalar, de onde surgiu a paixão pela profissão. Formou-se em Farmácia pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Marília. Casado com a também farmacêutica e professora de Biologia Rosemary Girotto, pai da Nathalia e do Vítor. Na juventude, Fabinho foi um habilidoso jogador de futebol; sãopaulino, treinou nas categorias de base do Palmeiras, Guarani e Ponte Preta – e jogou no CAT nos anos 1980.
Abandonou o esporte profissional para se dedicar à arte milenar da farmácia. Especialista em saúde pública, está à frente da Assistência Farmacêutica da secretaria Municipal de Saúde desde 1994; é membro do Conselho Municipal de Saúde e participa da diretoria da Santa Casa local. Mestre Maçom da “A.R.L.S. Líbero Badaró”, secretário da diretoria-executiva do Capítulo da Ordem Demolay. Recebeu o prêmio “Destaque Profissional do Ano” (2011), concedido pela Câmara Municipal de Taquaritinga, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à cidade junto à secretaria Municipal de Saúde. Discorremos sobre futebol, política, métodos de cura e saúde pública.


Tendência Municipal: Como foi para um sãopaulino treinar no Palmeiras?

Fábio Girotto: Gostaria mesmo era de ter treinado no SPFC, ainda mais que, na época, o nosso conterrâneo Paulo César Camassuti (o “Capeta”) era destaque no time – e era grande amigo de minha família. Mas surgiu a oportunidade e fui para o Palmeiras, com indicação do Dr. Vitório Pagliuso. Fiquei por um ano sob o comando dos treinadores Vicente Arenari e Minuca, onde também jogavam Veloso, Edu, Caçapa etc.

TM: Quando decidiu se dedicar à prática farmacêutica?

Fábio: Desde criança via meu pai manipulando fórmulas magistrais, em peças de porcelanas. Aquilo me encantava. Também aprendi a ler receitas muito mal escritas, aplicar injeções, soros, curativos, com os ensinamentos do meu pai, considerado por muitos de seus fregueses de Taquaritinga e região, um grande entendido no assunto. Devo tudo o que sei e sou hoje ao meu pai.

TM: Faça-nos uma análise do departamento municipal sob seu comando. Quais os avanços e as dificuldades?

Fábio: A parte da Assistência Farmacêutica cresceu muito desde 1994. Tivemos muitos avanços na qualificação profissional dos farmacêuticos que fazem parte da equipe e também através dos programas de excelência implantados pela secretaria da Saúde/Assistência Farmacêutica, que são: DST/HIV/AIDS, pneumologia sanitária (tuberculose), mal de Hansen (hanseníase), hipertensão/diabetes, dose certa e assistência farmacêutica geral. As dificuldades são muitas, às vezes não conseguimos dar um suporte melhor aos pacientes quando o caso sai da nossa responsabilidade.

TM: Qual sua opinião sobre a chamada “medicina alternativa”? Os remédios naturais e homeopáticos funcionam?

Fábio: Medicamentos naturais: a cura pela natureza jamais deve substituir o tratamento proposto por seu médico. Mas é preciso saber que “natural” não significa “inofensivo”. Medicina alternativa: usada para descrever práticas médicas diversas da alopatia ou da medicina ocidental; faz parte de um arsenal de diagnósticos como acupuntura, florais, fitoterapia etc., que acredito no tratamento somente para algumas doenças. Medicamentos homeopáticos: na homeopatia, tudo é possível, desde tratar a dor que é produzida por alguma substancia e ser curado por esta mesma substância em doses diminutas, segundo as “leis dos semelhantes”.

TM: Já pensou em entrar na política, se candidatar a algum cargo eletivo?

Fábio: Já recebi vários convites de partidos políticos. Agradeço a todos pela lembrança do meu nome, mas só depois que cumprir com o meu dever de Funcionário Público (me aposentar) é que pensarei com muito carinho para, quem sabe um dia, concorrer a vereador de nossa querida “terrinha”. Finalmente: “a polivalência, qualidade intrínseca no perfil do farmacêutico, nunca foi tão requisitada como agora”.

Um comentário:

  1. Grande Fabinho, tenho muitas saudades dos churrasco de final de ano na "chácara do Fabinho" e do futebol aos sábados, nos orgulhamos de você meu amigo.

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